CBV discute futuro da comissão técnica do Brasil após derrota que quebrou uma das maiores hegemonias do esporte

CBV discute futuro da comissão técnica do Brasil após derrota que quebrou uma das maiores hegemonias do esporte

Em 34 das 35 edições em que a seleção brasileira participou do torneio, na quarta-feira foi a única vez em que não terminou com a medalha de ouro

A derrota do Brasil por 3 a 0 para a Argentina, na última partida do Sul-Americano de Vôlei na noite da quarta-feira, chocou os presentes no estádio Geraldão, em Recife, e fãs da modalidade do mundo inteiro. 

O mau resultado, cerca de dois anos após a derrota na disputa da medalha de bronze em Tóquio-2020, também para os hermanos, colocou fim a uma das maiores hegemonias do esporte, quebrando uma sequência de títulos em vigor há mais de 50 anos.

Nas redes sociais, usuários expressaram a insatisfação com a derrota, pedindo a saída do treinador Renan Dal Zotto. "É uma vergonha uma seleção tricampeã olímpica não ganhar nem campeonato continental!", desabafou um torcedor. Tendo em vista o resultado deste torneio e das últimas participações do Brasil no cenário internacional, a CBV deverá estudar o futuro da comissão técnica atual.

De 30 de setembro a 8 de outubro, a seleção disputa o torneio pré-Olímpico, que vale vaga para Paris-2024, e vai garantir seis vagas para os Jogos. Caso não termine com a segunda melhor colocação do Grupo A (que tem Itália e Cuba como fortes concorrentes), o Brasil ainda pode garantir a participação através do ranking de seleções da FIVB, que só será atualizado depois da fase preliminar da Liga das Nações do próximo ano.

54 anos de invencibilidade

Inaugurado em 1951, o Sul-Americano de vôlei foi disputado em diferentes periodicidades até 1967, quando o torneio passou a ser realizado a cada dois anos. Desde o início, no entanto, uma coisa não havia mudado até a noite de quarta: o Brasil terminava a competição no lugar mais alto do pódio. E só não venceu todas as 34 edições disputadas até 2021 porque em 1964 não participou da competição, e a Argentina ficou com a medalha de ouro.

Assim, de 1967 a 2021, foram 28 títulos consecutivos do Brasil, com a Argentina como o principal adversário derrotado nas decisões: foram 18 medalhas de prata, contra oito da Venezuela e uma do Uruguai. No total, o Brasil venceu 33 das 35 edições, somando o vice-campeonato na noite de quarta-feira, enquanto Argentina (dois títulos, 19 pratas e 8 bronzes) e Venezuela (10 pratas e 12 bronzes) completam o pódio dos melhores desempenhos na competição.

Caminho para Paris-2024

No feminino, a hegemonia também é brasileira: a seleção venceu 23 das 35 edições, com 11 medalhas de prata. No início do mês, o Brasil venceu pela 15ª vez consecutiva o torneio, que teve a Argentina como a segundo colocada e a Colômbia na terceira posição.


Fonte: O GLOBO

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