Governo nomeia servidor com passagem pelo governo Dilma na presidência interina da Funasa

Governo nomeia servidor com passagem pelo governo Dilma na presidência interina da Funasa

Acordo entre partidos previa presidência interina com perfil técnico, sem indicações políticas

O governo federal nomeou nesta quinta-feira o servidor Alexandre Ribeiro Motta como presidente interino da Fundação Nacional da Saúde (Funasa). Motta ocupava o cargo Diretor de Programa da Secretaria de Gestão e Inovação, vinculada ao Ministério Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Antes, passou pelo cargo de Coordenador-Geral para Assuntos Parlamentares da mesma pasta.

Segundo o Portal da Transparência, Alexandre Motta também já atuou no governo federal em 2011, vinculado ao Ministério da Economia, durante o governo Dilma Rousseff. Em 2016, atuou como superintendente do Serviço Federal de Processamento de Dados, até ser exonerado pelo ex-presidente Michel Temer durante sua gestão interina. Em 2020, atuou como subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração, durante a gestão Bolsonaro.

Nesta quarta-feira, o governo federal também publicou a portaria interministerial que prorroga os convênios da Funasa que estão por vencer. Há 811 contratos que venceriam ao longo de julho, agosto e setembro. Cerca de 800 municípios com até 50 mil habitantes corriam o risco de perder mais de R$ 1,2 bilhão em investimentos caso os contratos não fossem resguardados.

O órgão, recriado pelo Congresso após alteração de Medida Provisória, é cobiçado por partidos do Centrão, como o União Brasil. Por 30 dias, ele terá uma comissão técnica, subordinada ao Ministério da Gestão e da Inovação, para "elaborar proposta de modernização e reestruturação" do órgão.

O acordo costurado entre o governo federal e os partidos previa que durante a vigência desta comissão, a Funasa seria comandada por um presidente interino, que teria um perfil técnico, sem indicação política. O acordo chegou a ser antecipado pelo deputado federal Danilo Forte (União-CE).

— Não, União não vai indicar ninguém, os partidos não vão indicar ninguém, as indicações são técnicas

Só depois haverá uma adequação da estrutura e, também, a possível indicação política pleiteada por parlamentares para o comando da Funasa. Parlamentares de PP, União Brasil e PSD desejam que a estrutura volte ao Ministério da Saúde, pasta que abrigava a fundação até o ano passado.

As legendas desejam retomar a influência que tinham sobre a estrutura até o ano passado. Durante o governo de Jair Bolsonaro, o PSD indicou o comando nacional da Funasa e PP e União Brasil também tinham influência sobre diretorias e superintendências estaduais. Já o governo fez chegar aos parlamentares que prefere que o órgão fique na alçada do Ministério das Cidades, comandado por Jader Filho, do MDB.


Fonte: O GLOBO

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