Sem mandato, Deltan Dallagnol recebe oferta de emprego remunerado do próprio partido

Sem mandato, Deltan Dallagnol recebe oferta de emprego remunerado do próprio partido

Podemos oferece vaga para 'formação de lideranças políticas'. Na Câmara, ele recebia R$ 41 mil mensais

O ex-deputado Deltan Dallagnol (PR), cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), recebeu um convite para trabalhar para o próprio partido, o Podemos. Sem mandato, que lhe rendia pouco mais de R$ 41 mil mensais, agora o ex-procurador da Lava-Jato poderá ser remunerado pela sigla.

Em nota, o Podemos confirmou a oferta.

"O Podemos convidou Deltan Dallagnol para a construção de um projeto de formação de lideranças políticas e ainda aguarda o aceite. Não há mais detalhes, porque o projeto precisa ser estruturado para que, então, seja colocado em prática".

Definição sobre suplente

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, marcou para esta sexta-feira o julgamento de uma ação que definirá o substituto de Deltan Dallagnol, cassado após enquadramento pela lei da ficha limpa. Na quarta-feira, em decisão liminar, o ministro Dias Toffoli atendeu a um pedido do Podemos e apontou Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) como suplente imediato.

Agora, todos os ministros irão se pronunciar em sessão extraordinária do plenário virtual da Corte. A sessão eletrônica ocorrerá durante todo o dia de sexta. Neste modelo, os ministros podem inserir seus votos no sistema de 0h a 23h59 — não há discussão e presença física dos magistrados.


Na quarta-feira, Toffoli derrubou decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que havia determinado que a vaga deveria ficar com outro partido, o PL.





Ao determinar a perda de mandato de Deltan, no mês passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que os votos recebidos por ele deveriam ser computados para seu partido, o Podemos. O segundo candidato mais votado da legenda foi Hauly. Entretanto, o TRE considerou que Hauly não atingiu o número mínimo de votos, e por isso entregou a vaga a Itamar Paim, do PL.


O Podemos recorreu ao STF para garantir a vaga, e Toffoli atendeu ao pedido. O ministro considerou que os suplentes não precisam atingir o percentual mínimo de votos. Além disso, afirmou que o tribunal já decidiu que, quando a decisão do indeferimento do registro de candidatura ocorre após a eleição, como é o caso de Deltan, os votos do candidato devem ficar com o partido.


Também na quarta-feira, Toffoli negou um pedido de Deltan para suspender a decisão do TSE que cassou seu mandato. O ministro considerou que não houve "flagrante ilegalidade" e "abuso de poder" no julgamento.


Fonte: O GLOBO

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