Lula sanciona lei que estabelece corte gradual nos repasses para municípios que perderam população

Lula sanciona lei que estabelece corte gradual nos repasses para municípios que perderam população

Censo Demográfico de 2022 mostrou que 43% dos municípios perderam habitantes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quarta-feira o projeto de lei complementar que estabelece uma redução gradual dos repasses por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) aos municípios que tiveram redução populacional segundo o Censo Demográfico de 2022. De acordo com o levantamento, 43% dos municípios perderam habitantes.

Os municípios recebem os repasses do FPM de acordo com o tamanho da sua população e a renda per capta do estado. O texto sancionado por Lula estabelece que os parâmetros usados para os repasses em 2023 serão mantidos no cálculo para a distribuição dos recursos em 2024 para os municípios que tiveram redução.

Ainda segundo o texto, a redução do repasse ocorrerá de forma gradual durante dez anos. A cada ano, os ganhos adicionais em razão do texto sancionado — ou seja, a diferença entre o recebido com a mudança e o que o município deveria receber — sofrerá redução gradual.
  • 10% no ano seguinte ao da publicação da contagem populacional
  • 20% no segundo ano seguinte ao da publicação
  • 30% no terceiro ano seguinte ao da publicação
  • 40% no quarto ano seguinte ao da publicação
  • 50% no quinto ano seguinte ao da publicação
  • 60% no sexto ano seguinte ao da publicação
  • 70% no sétimo ano seguinte ao da publicação
  • 80% no oitavo ano seguinte ao da publicação
  • 90% no nono ano seguinte ao da publicação
  • 100% no décimo ano seguinte; coeficientes fixados em conformidade com a população aferida no censo
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que São Gonçalo (RJ) teve a maior redução percentual da população, a diferença chega a 10,3%. O município é seguido de perto por Salvador e Itabuna, ambas na Bahia, que perderam 9,6% e 8,8% da sua população em dez anos, respectivamente. A capital baiana ainda teve a maior queda absoluta, com menos 257.651 moradores.


Fonte: O GLOBO

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