Enquanto alguns reclamam de desvalorização do local, outros afirmam que ex-presidente está sendo perseguido
Porto Velho, RO - A operação da Polícia Federal na condomínio onde vive o ex-presidente Jair Bolsonaro, no Jardim Botânico, região nobre da capital federal, voltou a dividir os moradores do local. De um lado, alguns reclamaram sobre a movimentação e a presença da polícia. De outro, apoiadores do ex-chefe do Palácio do Planalto criticam o que veem como "perseguição" a ele.
No grupo de WhatsApp dos condôminos, um morador reagiu às buscas feitas pela PF com provocação. "Quando eu insistia lá atrás que era um equívoco achar que a mudança do dito cujo para o nosso condomínio iria trazer valorização, segurança e tranquilidade, era por causa de situações como a de hoje", escreveu.
Um carro da PF isola a rua onde fica a casa de Bolsonaro na manhã desta quarta-feira. Moradores que saem para caminhar e passear com os cães nesta manhã se dividem sobre a presença do ex-mandatário ali. Alguns passam de carro filmando a ação da polícia com o celular.
"Que levem preso logo", disse uma mulher. Outra moradora, que caminhava com seus cães, discordou. Disse que o sentimento era de revolta com a atuação da PF. "Acho um absurdo isso. Por causa de cartão de vacina?", questionou.
Em março, quando Bolsonaro voltou ao país, os moradores já haviam discutido por causa de uma faixa de boas-vindas instalada perto do local. Houve debates acalorados no grupo de WhatsApp que fizeram a administração se manifestar dizendo que não era responsável pela mensagem. Dias depois o cartaz foi retirado e, até hoje, os moradores não sabem quem o instalou.
O imóvel onde o casal mora é de uma amiga de Michelle e precisou passar por algumas reformas para recebê-los. O muro ficou maior e os vidros receberam películas escuras para impedir a visão de dentro da casa. Os custos da moradia são bancados pelo casal.
Fonte: O GLOBO
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