Trunfo do time de Luís Castro em sequência positiva, questão física se sobressai como uma das razões para apresentações abaixo do alvinegro
No entanto, com adversários de níveis técnicos e características diferentes, e com jogos em que os contextos também se diferem, tudo indica que o alvinegro sofreu os dois revés por motivos distintos. Mas um fator em comum pode ter facilitado: o cansaço físico de um elenco que fez 14 partidas em 45 dias.
Contra o Goiás, o Botafogo tinha o jogo controlado até sofrer o gol de empate nos acréscimos do primeiro tempo. Dessa forma, um intervalo que caminhava para a tranquilidade alvinegra se tornou um fôlego a mais para os esmeraldinos, mandantes da partida e que precisavam do resultado para deixar a zona de rebaixamento.
Contra o Goiás, o Botafogo tinha o jogo controlado até sofrer o gol de empate nos acréscimos do primeiro tempo. Dessa forma, um intervalo que caminhava para a tranquilidade alvinegra se tornou um fôlego a mais para os esmeraldinos, mandantes da partida e que precisavam do resultado para deixar a zona de rebaixamento.
Na volta para a segunda etapa, o ânimo e a pressão do Goiás, num contraponto com a desatenção e a fadiga do time de Luís Castro, resultou no gol da virada. Depois que ficou atrás do placar, o Bota não conseguiu transformar a maior posse no campo de ataque em oportunidades efetivas, num cenário parecido com o que foi o jogo contra a LDU.
Pela Copa do Brasil contra o Athletico-PR, tudo indicava que a partida teria um cenário favorável para o alvinegro: o adversário tentaria jogar no campo de ataque, com a posse de bola, enquanto o Botafogo teria espaços para atacar de forma vertical e veloz, principalmente com o uso dos pontas.
Já na primeira etapa, o time de Luís Castro não conseguiu criar muitas chances, mas se defendeu bem e aproveitou as oportunidades no fim para abrir 2 a 0. No entanto, o que parecia se tornar um quadro ainda melhor no intervalo acabou por virar uma dolorosa derrota de 3 a 2 ao final da partida.
— O Botafogo é um time que se defende muito próximo do seu gol e usa muito da bola longa para chegar ao ataque. Isso faz com que o time tenha que ter ações mais longas, e, consequentemente, mais desgastantes.
Pela Copa do Brasil contra o Athletico-PR, tudo indicava que a partida teria um cenário favorável para o alvinegro: o adversário tentaria jogar no campo de ataque, com a posse de bola, enquanto o Botafogo teria espaços para atacar de forma vertical e veloz, principalmente com o uso dos pontas.
Já na primeira etapa, o time de Luís Castro não conseguiu criar muitas chances, mas se defendeu bem e aproveitou as oportunidades no fim para abrir 2 a 0. No entanto, o que parecia se tornar um quadro ainda melhor no intervalo acabou por virar uma dolorosa derrota de 3 a 2 ao final da partida.
— O Botafogo é um time que se defende muito próximo do seu gol e usa muito da bola longa para chegar ao ataque. Isso faz com que o time tenha que ter ações mais longas, e, consequentemente, mais desgastantes.
E tem os principais jogadores acima dos 30 anos. Tiquinho com 32, Eduardo, 33, Cuesta e Marçal tem 34. Eles já não tem a mesma recuperação muscular dos mais jovens, e, com a sequência de jogos, o “combustível” para disputar as partidas vai ficando cada vez menor — explicou Marcelo Raed, comentarista do Grupo Globo.
Nas partidas contra Goiás e Athletico-PR, Eduardo, por exemplo, não teve o mesmo desempenho das anteriores, quando chegou a somar quatro gols e uma assistência em três jogos. Já outros nomes como Marçal e Cuesta precisaram ser poupados e seus reservas imediatos não foram bem.
— Acho que o principal tem sido o físico mesmo, porque ele acaba influenciando em tudo, como o técnico, tático e mental. O Botafogo se destacava por vencer muitos duelos nos jogos, se impondo, e com um físico muito desgastado você fica mais desatento, seu corpo já não responde de maneira tão rápida a uma ação importante.
Nas partidas contra Goiás e Athletico-PR, Eduardo, por exemplo, não teve o mesmo desempenho das anteriores, quando chegou a somar quatro gols e uma assistência em três jogos. Já outros nomes como Marçal e Cuesta precisaram ser poupados e seus reservas imediatos não foram bem.
— Acho que o principal tem sido o físico mesmo, porque ele acaba influenciando em tudo, como o técnico, tático e mental. O Botafogo se destacava por vencer muitos duelos nos jogos, se impondo, e com um físico muito desgastado você fica mais desatento, seu corpo já não responde de maneira tão rápida a uma ação importante.
É muito difícil falar de uma sequência de 18 jogos em dois meses que uma equipe não vá oscilar e acho que é isso que tem acontecido com o Botafogo, tanto na parte física como também na hora de rodar o elenco, porque é nessa hora que as lacunas aparecem — falou Matheus Ferreira, dono do perfil “Fogostats”, que realiza análises estatísticas e táticas do elenco alvinegro, ao lembrar de casos de jogadores lesionados, como Rafael, Danilo Barbosa e Matías Segovia.
Mas, especialmente em relação ao jogo contra o Athletico-PR, há quem credite a derrota ao estilo do adversário e ao cenário que se desenrolou na partida.
— O Athletico-PR se acostumou a virar jogos. Está incorporado na rotina recente do Athletico estar em desvantagem. Então no jogo de quarta-feira, quando os jogadores entraram no vestiário, o jogo ainda estava zero a zero, claro que não no sentido literal, enquanto para os jogadores do Botafogo estava 2 a 0. Por estar habituado a viver situações adversas, o Furacão voltou para o segundo tempo com um nível de concentração que o Botafogo, por conta da vantagem obtida naquele cenário, não teve a mesma capacidade.
Mas, especialmente em relação ao jogo contra o Athletico-PR, há quem credite a derrota ao estilo do adversário e ao cenário que se desenrolou na partida.
— O Athletico-PR se acostumou a virar jogos. Está incorporado na rotina recente do Athletico estar em desvantagem. Então no jogo de quarta-feira, quando os jogadores entraram no vestiário, o jogo ainda estava zero a zero, claro que não no sentido literal, enquanto para os jogadores do Botafogo estava 2 a 0. Por estar habituado a viver situações adversas, o Furacão voltou para o segundo tempo com um nível de concentração que o Botafogo, por conta da vantagem obtida naquele cenário, não teve a mesma capacidade.
Sim, há o desgaste físico, mas a questão mental, no nível da desconcentração, não pode ser desconsiderada — disse Paulo Cesar Vasconcellos. — Botafogo no primeiro tempo teve, defensivamente, uma atuação muito boa. O Furacão teve mais posse de bola mas não empilhou oportunidades, diferentemente do que aconteceu no segundo.
Associo isso muito mais a capacidade de concentração, de manter o foco no jogo, do que no cansaço físico. O desgaste físico afeta. Mas quando você tem a desconcentração abaixa, talvez até pelo desgaste, tudo fica mais complicado — concluiu o comentarista do Grupo Globo, que teve a opinião corroborada por Lucas Fernandes após a partida: — Nosso time desligou um pouco, meio que deixamos nos acomodar pela vantagem de 2 a 0.
Apoiador do trabalho do departamento de fisiologia do Botafogo, o técnico Luís Castro já falou em diversas oportunidades sobre a importância da parte física para o estilo de jogo da equipe. Por isso, costuma rodar o elenco e utilizar os jogadores que tem em melhor condição para cada partida.
Apoiador do trabalho do departamento de fisiologia do Botafogo, o técnico Luís Castro já falou em diversas oportunidades sobre a importância da parte física para o estilo de jogo da equipe. Por isso, costuma rodar o elenco e utilizar os jogadores que tem em melhor condição para cada partida.
Após a derrota de quarta, Castro deu méritos ao adversário pela vitória, mas também falou sobre como os problemas físicos atrapalharam o planejamento da equipe.
— Esse (Hugo) é um dos jogadores que pediram (substituição). O Gabriel (Pires) também com problemas, vinha também de lesão, o Tchê Tchê também com dificuldades, o Tiquinho. Acabamos com muitos jogadores em dificuldades, pois com um números maior de jogos eles vêm vindo a ter (lesões). Mas é para todos, não só para nós, não há o que lamentar — ponderou.
Fonte: O GLOBO
— Esse (Hugo) é um dos jogadores que pediram (substituição). O Gabriel (Pires) também com problemas, vinha também de lesão, o Tchê Tchê também com dificuldades, o Tiquinho. Acabamos com muitos jogadores em dificuldades, pois com um números maior de jogos eles vêm vindo a ter (lesões). Mas é para todos, não só para nós, não há o que lamentar — ponderou.
Fonte: O GLOBO
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