Porto Velho, RO - A decisão do PL de não atender aos apelos da ala bolsonarista de bloquear a pauta da Câmara dos Deputados em reação à cassação de Deltan Dallagnol tem, entre seus principais motivos, o papel de Alexandre de Moraes.
Depois de ficar por meses a fio com contas bloqueadas por questionar a validade de urnas só no segundo turno, o partido de Bolsonaro tenta evitar se indispor com o magistrado. Ao não comprar a briga por Dallagnol, o PL busca fazer um aceno a Moraes, que é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na terça-feira, a corte eleitoral cassou, por unanimidade, o mandato de Dallagnol. Deputados da oposição e bolsonaristas pressionaram o PL, maior partido da Câmara, a obstruir a pauta da Casa, em reação. Entre os principais entusiastas das medida estava o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que também teme punições.
O líder do partido na Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), porém, negou o pedido. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também lavou as mãos e deixou claro a aliados que não compraria uma nova briga com o Judiciário por Dallagnol.
Fonte: O GLOBO
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