Até agora, os partidos já indicaram 13 dos 27 titulares do colegiado, todos com atuação contrária ao governo Lula
Até agora, os partidos já indicaram 13 dos 27 titulares do colegiado: todos têm atuação contrária ao Palácio do Planalto, são alinhados à bancada ruralista, e parte deles já deu demonstrações públicas de que não aprova a atuação do MST. As duas comissões deverão começar a funcionar na semana que vem.
Os 18 nomes já definidos pelas siglas — incluindo suplentes— têm um histórico de criminalização do MST. Indicados pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, Capitão Alden (BA) é autor de um projeto de lei que caracteriza como terrorismo a invasão armada de terras particulares, e Delegado Éder Mauro (PA) já defendeu o massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, no qual 19 sem-terra foram mortos pela polícia. Cotado para ser o relator, Ricardo Salles (SP) divulgou na campanha de 2018 panfleto com alusão a armas de fogo e pregando “tolerância zero” com o MST.
Mesmo partidos da base aliada, como o MDB, escolheram representantes com atuação oposicionista, no caso o deputado Alceu Moreira (RS). Ele também já atacou o movimento, que chamou de “grupo criminoso”.
Os 18 nomes já definidos pelas siglas — incluindo suplentes— têm um histórico de criminalização do MST. Indicados pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, Capitão Alden (BA) é autor de um projeto de lei que caracteriza como terrorismo a invasão armada de terras particulares, e Delegado Éder Mauro (PA) já defendeu o massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, no qual 19 sem-terra foram mortos pela polícia. Cotado para ser o relator, Ricardo Salles (SP) divulgou na campanha de 2018 panfleto com alusão a armas de fogo e pregando “tolerância zero” com o MST.
Mesmo partidos da base aliada, como o MDB, escolheram representantes com atuação oposicionista, no caso o deputado Alceu Moreira (RS). Ele também já atacou o movimento, que chamou de “grupo criminoso”.
Com três indicações na Esplanada dos Ministérios, o União Brasil tem três vagas nessa CPI, todas preenchidas por deputados contrários ao governo. A bancada ruralista vai disponibilizar uma equipe com advogados e assessores legislativos para auxiliar os parlamentares.
Contraponto
Já na CPI dos Ataques Golpistas, que enfrentou inicialmente resistência do governo, a composição deve ser menos ameaçadora para o Planalto. Os partidos indicaram até o momento 16 dos 32 titulares e metade é da base aliada.
A oposição articulou a criação dessa CPI com o objetivo de emplacar a versão de que o governo Lula foi omisso durante os ataques às sedes dos três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro — exatamente a mesma acusação que foi feita a autoridades ligadas ao bolsonarismo.
Contraponto
Já na CPI dos Ataques Golpistas, que enfrentou inicialmente resistência do governo, a composição deve ser menos ameaçadora para o Planalto. Os partidos indicaram até o momento 16 dos 32 titulares e metade é da base aliada.
A oposição articulou a criação dessa CPI com o objetivo de emplacar a versão de que o governo Lula foi omisso durante os ataques às sedes dos três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro — exatamente a mesma acusação que foi feita a autoridades ligadas ao bolsonarismo.
O Planalto tentou neutralizar o plano de instalação da comissão, temendo os desgastes ao governo e prejuízos à sua agenda legislativa. A divulgação de um vídeo no qual o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), Gonçalves Dias, aparece circulando entre os invasores do palácio e, aparentemente, não toma providências, deu tração à proposta de investigação parlamentar do episódio.
A CPI dos Ataques Golpistas, no entanto, perdeu fôlego antes mesmo de ser instalada. Essa comissão é mista, ou seja, formada por deputados e senadores. Seu presidente deve ser o deputado Arthur Maia (União-BA), considerado independente e aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O mais cotado para a relatoria é o senador Eduardo Braga (MDB-AM), após o presidente da Câmara pressionar contra a escolha do senador Renan Calheiros (MDB-AL), seu adversário político.
Ontem o líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), confirmou os parlamentares indicados pela federação liderada pelo partido para enfrentar a bancada bolsonarista na comissão que vai apurar as responsabilidades pelos ataques às instituições.
A CPI dos Ataques Golpistas, no entanto, perdeu fôlego antes mesmo de ser instalada. Essa comissão é mista, ou seja, formada por deputados e senadores. Seu presidente deve ser o deputado Arthur Maia (União-BA), considerado independente e aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O mais cotado para a relatoria é o senador Eduardo Braga (MDB-AM), após o presidente da Câmara pressionar contra a escolha do senador Renan Calheiros (MDB-AL), seu adversário político.
Ontem o líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), confirmou os parlamentares indicados pela federação liderada pelo partido para enfrentar a bancada bolsonarista na comissão que vai apurar as responsabilidades pelos ataques às instituições.
Foram escolhidos Rubens Pereira Jr (PT-MA), Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que serão titulares. Caberá a Arlindo Chinaglia (PT-SP), Carlos Veras (PT-PE) e Delegada Adriana Accorsi (PT-GO) a suplência.
Time bolsonarista
O PL também definiu os nomes que indicará para compor o colegiado. A legenda terá como titulares, André Fernandes (CE), autor do requerimento de criação da comissão, Eduardo Bolsonaro (SP) e Alexandre Ramagem (RJ). Nikolas Ferreira (MG), pastor Marco Feliciano (SP) e Felipe Barros (PR) serão suplentes.
Enquanto isso, o União Brasil, embora ocupe três ministério da gestão Lula, três vive uma crise com o governo por não entregar votos em pautas relevantes apreciadas pelo Congresso. A sigla definiu que Kim Kataguiri (SP) será o suplente de Arthur Maia (BA).
Time bolsonarista
O PL também definiu os nomes que indicará para compor o colegiado. A legenda terá como titulares, André Fernandes (CE), autor do requerimento de criação da comissão, Eduardo Bolsonaro (SP) e Alexandre Ramagem (RJ). Nikolas Ferreira (MG), pastor Marco Feliciano (SP) e Felipe Barros (PR) serão suplentes.
Enquanto isso, o União Brasil, embora ocupe três ministério da gestão Lula, três vive uma crise com o governo por não entregar votos em pautas relevantes apreciadas pelo Congresso. A sigla definiu que Kim Kataguiri (SP) será o suplente de Arthur Maia (BA).
Integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), Kim é opositor do Planalto e protagonizou embates com o ministro da Justiça, Flávio Dino, durante depoimento à Comissão de Segurança da Câmara. Como suplente, ele terá direito à fala em sessões.
Às vésperas da instalação da CPI do MST, o movimento e o deputado Valmir Assunção (PT-BA) acusaram o ministro da Casa Civil, Rui Costa, de vetar ontem a participação dos sem-terra em um evento do governo federal com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Bahia. Em nota, a Casa Civil afirmou que Costa nega que tenha sido contrário à participação do MST.
O MST da Bahia publicou uma nota com críticas ao titular da Casa Civil. Segundo os sem-terra, ele estaria adotando uma postura refratária ao movimento que também teria sido sua marca, de acordo com eles, durante a gestão do governo estadual.
Fonte: O GLOBO
Às vésperas da instalação da CPI do MST, o movimento e o deputado Valmir Assunção (PT-BA) acusaram o ministro da Casa Civil, Rui Costa, de vetar ontem a participação dos sem-terra em um evento do governo federal com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Bahia. Em nota, a Casa Civil afirmou que Costa nega que tenha sido contrário à participação do MST.
O MST da Bahia publicou uma nota com críticas ao titular da Casa Civil. Segundo os sem-terra, ele estaria adotando uma postura refratária ao movimento que também teria sido sua marca, de acordo com eles, durante a gestão do governo estadual.
Fonte: O GLOBO
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POLÍTICA