Em áudio do VAR, pisão de Gabigol em Ganso em Fluminense x Flamengo foi visto como acidente: 'Não foi intencional'

Em áudio do VAR, pisão de Gabigol em Ganso em Fluminense x Flamengo foi visto como acidente: 'Não foi intencional'

Lance gerou reclamação do técnico Fernando Diniz, que também criticou Anderson Daronco por ter sido conivente com as faltas táticas cometidas pelo rubro-negro

Porto Velho, RO - A Comissão de Arbitragem da CBF divulgou os áudios com a atuação do árbitro assistente de vídeo da partida entre Fluminense x Flamengo, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O lance mais polêmica da partida ficou por conta do pisão de Gabigol em Paulo Henrique Ganso, que não acarretou em cartão amarelo para o atacante rubro-negro. O técnico Fernando Diniz viu o lance como intencional. Já a arbitragem de vídeo, pensou o contrário.

O lance aconteceu aos 18 minutos do segundo tempo. A possibilidade de cartão vermelho chegou a ser checada pelo VAR, mas a decisão foi de seguir com a decisão de campo e não recomendar a revisão. O árbitro da partida foi Anderson Daronco, enquanto Daiane Caroline Muniz dos Santos estava como assistente de vídeo. Confira o diálogo:

— Anderson Daronco: "Eu não tenho essa clareza [para ver a falta]".

— AVAR: "A perna do jogador é atingida, ele vai e segue bem onde o jogador vai pousar a perna"

— Daiane Caroline Muniz dos Santos: "Sim, exatamente. Tem o pisão do jogador do Flamengo, porém ele está tentando retirar a perna e a pena do jogador do Fluminense está exatamente onde o jogador do Flamengo vai estar o pé, ok? Não é intencional esse pisão.

— Daiane Caroline Muniz dos Santos: "Daronco, o lance já está checado. Existe o pisão, existe o pisão. Porém, não é uma ação que ele quis fazer. Não é uma ação deliberada, tá bom? E quando acontece o contato, ele tira a força também, tá?"

Críticas de Fernando Diniz

Em entrevista após a partida, o técnico Fernando Diniz criticou fortemente as decisões do árbitro Anderson Daronco, principalmente no lance em que Gabigol dá um pisão em Ganso. Além do lance em questão, foi criticado o fato de o arbitro ter sido conivente com as faltas táticas cometidas pela equipe rubro-negra.

— Eles (Flamengo) fizeram 22 faltas, nós fizemos 5. A gente saía da marcação, eles faziam a falta. E nenhum cartão amarelo para eles. E quando conseguiam roubar a bola, eles roubavam. Era uma arbitragem bastante permissiva, porque muito provavelmente era uma coisa tática. Quando a gente saía, eles paravam a jogada — iniciou o treinador.

— Eu espero que a próxima final tenha uma arbitragem extremamente imparcial. Porque ela não foi imparcial de novo. O Fluminense foi campeão carioca apesar da arbitragem. E hoje a gente conseguiu o 0 a 0 apesar da arbitragem de novo. Eu não vou entrar no mérito da expulsão do Felipe Melo. Mas é muito mais fácil e muito menos interpretativo o VAR chamar por causa do pisão do Gabigol no Ganso, que claramente é intencional, o bandeira está do lado e o VAR não chama. Porque não tem interpretação, pisou porque pisou, porque quis pisar — disparou.

— Aquele pisão não é para expulsão, o do Samuel, no primeiro jogo da final, com uma clareza muito grande, o juiz expulsa, depois me expulsa. Aí, no segundo jogo, o Pedro pisa igual o do Samuel e não é expulso. Chega contra o Goiás, o Ayrton Lucas cai sozinho e é pênalti. Nós vamos jogar em Minas, o Manoel sobe em movimento natural, o juiz dá pênalti. 

Fora o número excessivo de faltas que não teve amarelo, o anti-jogo, o acréscimo não tem critério nenhum, contra o Vasco foi cera o jogo todo e cinco minutos de acréscimo. Então, pelo bem do futebol, a arbitragem tem que ter imparcialidade. Nos jogos do Fluminense, os jogos que eu acompanho, só desses que eu falei, a arbitragem tem interferido no resultado do jogo — completou.

Com o resultado, está tudo aberto para o a partida de volta no dia 1º de junho, às 20h, também no Maracanã. Quem vencer, avança. Em caso de empate, a vaga para as quartas de final será decidida nos pênaltis.


Fonte: O GLOBO

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