Com acordo com apostadores, atacante Jarro Pedroso cometeu pênalti que deu início à virada do Caxias sobre o São Luiz
Porto Velho, RO - Uma aposta ilegal feita pela quadrilha acusada de manipular resultados do futebol brasileiro impactou no resultado de um jogo do Campeonato Gaúcho.
Conversas extraídas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) do celular de Bruno Lopez, o BL, apontado como chefe do grupo, revelam que os apostadores tinham um acordo para que o atacante Jarro Pedroso, do São Luiz, cometesse um pênalti ainda no primeiro tempo do jogo contra o Caxias, em 12 de fevereiro deste ano. Jarro cumpriu o acordo: aos 15 minutos, quando seu time vencia por 1 a 0, ele empurrou um adversário dentro da área.
O juiz marcou a penalidade, convertida por Jean Dias, que abriu o caminho para que o Caxias vencesse por 3 a 1.
Jarro foi um dos quatro jogadores que fizeram um acordo com o MP-GO, admitiram os crimes e não foram denunciados. Os investigadores conseguiram comprovar que ele recebeu um depósito de R$ 30 mil de Camila Silva da Motta, mulher de BL, na véspera do jogo.
Os contatos entre a quadrilha e Jarro começaram no dia 10. Numa ligação por vídeo — cuja imagem está anexada à investigação —, BL explicou o esquema ao jogador. Em seguida, o chefe da quadrilha compartilhou, animado, o resultado da reunião com os comparsas:
“Aí ó, jogador fechado, só mandar o PIX, tá ligado? Fiz o possível aqui, tá ligado? Era 100 mil, ele queria 50 antes, 50 depois, fiz o possível aqui e consegui 40 e 60 depois, esse Jarro aí ó. Puxei Instagram antes tudo né, pra ver se era jogador memo... Muleque mil grau, muleque loucão! (...) Deu pra ver que é maloca, tá ligado?”.
No dia do jogo, os apostadores comemoraram o pênalti cometido por Jarro. BL compartilhou no grupo de apostadores uma imagem do momento em que o atacante do São Luiz vai no corpo do adversário numa dividida dentro da área.
“Comemora aí papito, a próxima a gente vai comemorar junto em Cancun”, escreveu Ícaro Fernando Calixto dos Santos, outro apostador.
Jarro foi substituído apenas 13 minutos depois de cometer o pênalti, ainda no primeiro tempo, e não estava em campo nos dois gols que o Caxias fez na segunda etapa. Ele joga agora pelo Inter de Santa Maria e não está entre os atletas suspensos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
São Luiz e Caxias é o segundo jogo identificado pelo MP-GO que teve o resultado influenciado por apostas ilegais. O outro foi Goiás x Goiânia, também em 12 de fevereiro, pelo Campeonato Goiano. Mensagens obtidas pelos investigadores mostram que os apostadores tinha um acordo com atletas do Goiânia para que a equipe terminasse o primeiro tempo derrotada, o que aconteceu.
Fonte: O GLOBO
Jarro foi um dos quatro jogadores que fizeram um acordo com o MP-GO, admitiram os crimes e não foram denunciados. Os investigadores conseguiram comprovar que ele recebeu um depósito de R$ 30 mil de Camila Silva da Motta, mulher de BL, na véspera do jogo.
Os contatos entre a quadrilha e Jarro começaram no dia 10. Numa ligação por vídeo — cuja imagem está anexada à investigação —, BL explicou o esquema ao jogador. Em seguida, o chefe da quadrilha compartilhou, animado, o resultado da reunião com os comparsas:
“Aí ó, jogador fechado, só mandar o PIX, tá ligado? Fiz o possível aqui, tá ligado? Era 100 mil, ele queria 50 antes, 50 depois, fiz o possível aqui e consegui 40 e 60 depois, esse Jarro aí ó. Puxei Instagram antes tudo né, pra ver se era jogador memo... Muleque mil grau, muleque loucão! (...) Deu pra ver que é maloca, tá ligado?”.
No dia do jogo, os apostadores comemoraram o pênalti cometido por Jarro. BL compartilhou no grupo de apostadores uma imagem do momento em que o atacante do São Luiz vai no corpo do adversário numa dividida dentro da área.
“Comemora aí papito, a próxima a gente vai comemorar junto em Cancun”, escreveu Ícaro Fernando Calixto dos Santos, outro apostador.
Jarro foi substituído apenas 13 minutos depois de cometer o pênalti, ainda no primeiro tempo, e não estava em campo nos dois gols que o Caxias fez na segunda etapa. Ele joga agora pelo Inter de Santa Maria e não está entre os atletas suspensos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
São Luiz e Caxias é o segundo jogo identificado pelo MP-GO que teve o resultado influenciado por apostas ilegais. O outro foi Goiás x Goiânia, também em 12 de fevereiro, pelo Campeonato Goiano. Mensagens obtidas pelos investigadores mostram que os apostadores tinha um acordo com atletas do Goiânia para que a equipe terminasse o primeiro tempo derrotada, o que aconteceu.
Fonte: O GLOBO
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