Governo brasileiro assinou decreto formalizando o retorno a partir de 6 de maio
Porto Velho, RO - O Brasil oficializou nesta quinta-feira o retorno para a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), bloco fundado em 2008 durante o auge dos governos de esquerda no continente. O decreto oficializando o retorno foi publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União e promulga o Tratado Constitutivo da Unasul. O retorno passa a valer em 6 de maio de 2023.
A Argentina também anunciou que vai voltar a integrar o bloco, que atualmente tem como membros Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela, além do Peru, que está suspenso.
A Unasul nasceu em 2008, auge dos governos de esquerda latino-americanos. O bloco era integrado por 12 membros, tendo como um dos principais promotores o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e tinha como objetivo impulsionar projetos regionais.
O Brasil deixou o bloco em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando o país deveria exercer a presidência temporária da Unasul. Em abril de 2018, o governo brasileiro junto com a Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru decidiram de forma conjunta suspender a sua participação na Unasul em função da prolongada crise no organismo.
Em 2019, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru assinaram documento indicando a vontade de constituir o Foro para o Progresso da América do Sul (Prosul), em substituição à Unasul.
Pouco antes da saída do Brasil, o governo da Argentina também tinha oficializado sua saída da Unasul, mencionando seu “alto conteúdo ideológico”. Analistas políticos, no entanto, observam à época que o novo bloco poderia cair no mesmo problema, já que o movimento ocorria durante a ascensão de governos conservadores na região.
A Unasul entrou em um impasse a partir de 2017, quando não obteve consenso para eleger um novo secretário-geral, ao fim do mandato no cargo do ex-presidente colombiano Ernesto Samper.
Fonte: O GLOBO
Tags:
Mundo