Líder taiwanesa, Tsai Ing-wen, se encontrou com Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Deputados americana, em Los Angeles esta semana
Três navios de guerra navegaram nas águas perto da ilha autônoma e um avião de combate e um helicóptero antissubmarino entraram na zona de identificação de defesa aérea, segundo o Ministério da Defesa de Taiwan.
No dia anterior, Taiwan detectou três navios e um helicóptero perto de seu território. Na quarta-feira, o porta-aviões chinês Shandong passou pelo sudeste da ilha, horas antes do encontro entre a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, e Kevin McCarthy em Los Angeles.
Tsai voltou para casa nesta sexta-feira depois de visitar a Guatemala e Belize, dois dos 13 países que mantêm relações com Taipei.
— Mostramos à comunidade internacional que Taiwan está mais unida ao lidar com pressões e ameaças — disse a presidente a repórteres. — Não vamos deixar de interagir com o mundo, apesar dos obstáculos.
Pequim alertou contra o encontro de Tsai com McCarthy, o segundo americano de mais alto escalão na linha de sucessão presidencial, e na quinta-feira disse que tomaria "medidas firmes e eficazes para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial".
A China vê esta ilha autônoma e democrática como parte de seu território e defende a recuperação de seu controle, mesmo pela força, se necessário.
Pequim insistiu nesta sexta-feira que a ilha continua sendo uma "parte inseparável da China".
— O futuro de Taiwan depende da reunificação com a pátria — disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning.
Nos últimos anos, a China tentou isolar o território no cenário internacional e fica furiosa quando autoridades taiwanesas mantêm contatos com representantes de outros países. Em agosto, uma visita a Taipei de Nancy Pelosi, então líder da Câmara dos EUA, desencadeou exercícios militares sem precedentes do Exército chinês ao redor da ilha.
Em Pingtan, a ilha chinesa mais próxima de Taiwan, os jornalistas da AFP viram nesta sexta-feira como um navio militar e pelo menos três helicópteros também transitaram pelo estreito. Não ficou imediatamente claro, porém, se os movimentos eram uma intensificação do patrulhamento habitual de Pequim na área.
A China também impôs sanções contra o embaixador de fato de Taipei nos Estados Unidos, Hsiao Bi-khim, um instituto conservador americano e a Biblioteca Presidencial Ronald Reagan, que sediou a reunião. Taiwan condenou as sanções e acusou Pequim de tentar "eliminar ainda mais o espaço internacional de nosso país".
Fonte: O GLOBO
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