Sífilis: Saiba como se proteger da doença perigosa e silenciosa, transmitida pela prática sexual desprotegida

Sífilis: Saiba como se proteger da doença perigosa e silenciosa, transmitida pela prática sexual desprotegida

Alerta para os cuidados contra as IST é válido para todo o ano e reforçado no período de carnaval

Porto Velho, RO
- As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada e ainda sem sintomas.

A prevenção é sempre a maior aliada para evitar o surgimento de doenças. Por isso, a Prefeitura de Porto Velho, através do Núcleo de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), produziu a série de reportagens “Folia Consciente”, que será divulgada durante todo o mês de fevereiro, orientando sobre as principais doenças e os cuidados necessários para a proteção da saúde.

O alerta para os cuidados contra as IST é válido para todo o ano e reforçado no período de carnaval, onde a euforia aliada a bebidas alcoólicas pode levar os foliões à prática sexual desprotegida e, consequentemente, ao contágio por algum tipo de infecção sexualmente transmissível.

SÍFILIS

A segunda reportagem da série trata da sífilis, infecção causada pela bactéria treponema pallidum e transmitida através da prática sexual desprotegida com uma pessoa infectada. Possui diferentes estágios de evolução, podendo apresentar-se de forma sintomática ou assintomática e ser classificada como sífilis primária, secundária, latente ou terciária.

No estágio primário, geralmente se apresenta como uma pequena lesão no local de entrada da bactéria, que pode ser o pênis, a vagina, colo uterino, ânus ou boca. A lesão aparece alguns dias após o contágio, é normalmente indolor e desaparece sozinha, em poucas semanas.

Na sífilis secundária aparecem manchas avermelhadas em todo o corpo, principalmente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Ela também pode estar associada com uma febre baixa, mal-estar e dor de cabeça.

Uso do preservativo masculino ou feminino é a forma mais segura de prevenção

Na fase latente, a sífilis não apresenta nenhum sintoma. Os sinais podem desaparecer mesmo que não tenha ocorrido tratamento nas fases anteriores.

Quando não tratada, a sífilis pode evoluir para um caso mais grave, que é a sífilis terciária. Nesta fase, pode ocorrer acometimento no sistema nervoso central e também no sistema cardiovascular, dentre outras partes do organismo.

A médica Ethianne Bastos, coordenadora municipal da sífilis, explica que muitas vezes o paciente procura ajuda profissional tardiamente. A vergonha é uma das causas que pode explicar esse comportamento. “As pessoas não devem ter vergonha quando se trata de cuidados com a saúde. Porém, o paciente que se sentir intimidado em fazer o teste rápido, pode pedir ao profissional da unidade para realizar exames de sorologia”, explica a médica.

ONDE BUSCAR AJUDA

O diagnóstico e o tratamento são realizados em qualquer unidade de saúde em Porto Velho, tanto na zona urbana quanto rural. O teste rápido é a principal forma de diagnóstico da sífilis, um mecanismo prático e célere, sem necessidade de estrutura laboratorial.

Segundo a coordenadora municipal da sífilis, “a sífilis tem cura. O tratamento é realizado conforme classificação da doença e está disponível em todas as unidades básicas de saúde”.

PREVENÇÃO

A forma mais segura de prevenção contra a sífilis é o uso do preservativo masculino ou feminino durante a relação sexual. Todo paciente que mantém atividades sexuais de risco ou se expõe a relações desprotegidas deve procurar, o mais rápido possível, uma unidade de saúde para fazer o teste rápido.

CASOS

Levantamento do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), realizado pelo Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Semusa, aponta que o município de Porto Velho registrou 2.803 casos de sífilis nos últimos cinco anos. Somente em 2022 foram 998 novos casos. Em 2018 foram contabilizados 448 casos, 376 em 2019, 318 em 2020 e 663 em 2021.

De acordo com o Ministério da Saúde, a sífilis afeta principalmente a população masculina. Em Porto Velho, conforme dados do Sinan, dos 2.803 casos dos últimos cinco anos, 1.797 registrados para o sexo masculino e 1.005 para o feminino.

Ainda segundo o DVS, os números podem não retratar a realidade em Porto Velho, uma vez que a pandemia da covid-19 pode ter impactado negativamente na realização de consultas e exames de prevenção para esta e outras doenças, principalmente em 2020 e 2021.

OUTRAS IST

Existem diversos tipos de IST, as mais conhecidas são: sífilis, infecção pelo HTLV, tricomoníase, hepatite, herpes genital, gonorreia e infecção por clamídia, cancro mole (cancroide), HPV, doença inflamatória pélvica (DIP), donovanose, linfogranuloma venéreo (LGV).

“Não tenha vergonha de cuidar da sua saúde, procure a unidade de saúde mais próxima da sua casa, realize os testes rápidos ou solicite uma consulta com um profissional da saúde”, finaliza a médica Ethianne Bastos.


Fonte: Prefeitura de Porto Velho

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