Moradores assassinados pelo atirador Payton Gendron na cidade de Buffalo tinham entre 32 e 86 anos
Porto Velho, RO — A polícia de Nova York, nos Estados Unidos, divulgou nesta segunda-feira a identidade das dez pessoas mortas em um ataque a tiros com motivação racial na cidade Buffalo, no sábado. O autor do crime, Payton Gendron, de 18 anos, está preso. O grupo tinha idades entre 32 e 86 anos.
Roberta A. Drury, 32 anos: se mudou para Buffalo para cuidar do irmão, que fez um transplante de medula óssea;
Margus D. Morrison, 52 anos;
André Mackneil, 53 anos;
Aaron Salter, 55 anos: policial aposentado que trabalhava como segurança no supermercado Top Friendly Mart;
Geraldine Talley, 62 anos;
Celestine Chaney, 65 anos;
Heyward Patterson, 67 anos: assíduo frequentador da igreja que levava e buscava pessoas para fazer compras no supermercado;
Katherine Massey, 72 anos: ativista comunitária;
Pearl Young, 77 anos: todo o sábado participava de uma grupo que preparava sopas para entregar a pessoas em vulnerabilidade;
Ruth Whitfield, 86 anos: Foi ao mercado após visitar o marido em um lar para idosos. "Ela foi uma bênção para todos nós. Amava a Deus e nos ensinou a fazer a mesma coisa, descreveu o filho, o bombeiro aposentado Garnell W. Whitfield.
Outras três pessoas ficaram feridas no ataque. A funcionário da mercado Zaire Goodman, de 20 anos, recebeu alta do hospital após ser baleada no pescoço. Jennifer Warrington, 50, também foi tratada e liberada, enquanto Christopher Braden, 55, ainda está internado em condição estável.
Crime de ódio
Suspeito pelo ataque, Payton Gendron é um homem branco. Armado e com equipamento tático, ele exibiu o ataque ao vivo por pouco mais de um minuto pela Twitch, plataforma de transmissão on-line de videogames. Conforme a polícia, ele chegou até o mercado de carro. Quando saiu do veículo, atirou em quatro pessoas no estacionamento, matando três delas. Em seguida, entrou na loja e continuou atirando.
O FBI investiga o caso como "crime de ódio" e "violência de extremismo racista". Investigadores também tiveram acesso a um “manifesto” publicado on-line pelo suspeito, que propaga ideias racistas contra negros e judeus. No documento, ele também atribui à internet a maioria de suas crenças e se descreve como fascista, supremacista branco e antissemita.
Segundo a governadora de Nova York, a democrata Kathy Hochul, Gendron já era monitorado por autoridades americanas desde o ensino médio. Para realizar o ataque, ele também teria feito pesquisas demográficas procurando um local com alta concentração de moradores negros, segundo autoridades policiais.
Fonte: O GLOBO