Cidade é essencial para Moscou, porque liga a Península da Crimeia à zona separatista pró-Rússia do Donbass, no Leste ucraniano
Porto Velho, RO — O governo da Ucrânia perdeu o acesso ao Mar de Azov na noite de sexta-feira após tropas russas terem reforçado seu controle sobre o principal porto marítimo na região, na cidade de Mariupol, que está cercada e sufocada há mais de duas semanas pelo Exército de Vladimir Putin.
"Os invasores foram parcialmente bem-sucedidos no distrito operacional de Donetsk, privando temporariamente a Ucrânia do acesso ao Mar de Azov", disse o Ministério da Defesa da Ucrânia em comunicado neste sábado.
A Rússia disse na sexta-feira que suas forças estavam "apertando o laço" em torno de Mariupol. O prefeito Vadym Boychenko afirmou que as forças inimigas são mais numerosas que as locais, e o governo ucraniano disse que as tentativas de fornecer apoio aéreo falharam e que havia “temporariamente” perdido contato com autoridades em Mariupol.
Segundo relatos locais, há combates intensos no centro da cidade, aonde as tropas russas já chegaram, com ataques de tanques e artilharia.
A cidade, que tinha cerca de 450 mil moradores antes da guerra, é uma peça essencial para Moscou ligar a Península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscou em 2014, à zona separatista pró-Rússia do Donbass, no Leste do país.
Na sexta, o prefeito Boychenko disse à BBC que "não sobrou nada no centro da cidade":
— Não há um pequeno pedaço de terra que não tenha sinais da guerra — disse ele, informando que as tropas russas já haviam chegado ao centro da cidade, onde mais de 80% dos edifícios residenciais estão danificados ou destruídos e onde a população está sem água, eletricidade e comida.
Os combates de rua a rua no centro de Mariupol estão impedindo o resgate de centenas de pessoas que as autoridades afirmam estarem presas no abrigo no porão do teatro da cidade, bombardeado pelas tropas russas na quarta-feira passada — Moscou nega a autoria do ataque, culpando o Batalhão Azov, millícia ucraniana de extrema direita.
A Inteligência britânica afirmou em seu boletim neste sábado que o Kremlin "até o momento falou em atingir seus objetivos originais" na guerra e que as tropas russas foram "forçadas a mudar sua abordagem operacional e agora está seguindo uma estratégia de desgaste".
"É provável que isso envolva o uso indiscriminado de poder de fogo, resultando em aumento de vítimas civis, destruição da infraestrutura ucraniana e intensificação da crise humanitária", alertou a Inteligência britânica.
Um vídeo compartilhado pelo líder checheno Ramzan Kadyrov — logo após o início da invasão russa, o ditador anunciou o envio de tropas especiais chechenas à Ucrânia para apoiar a ofensiva de Putin — mostrou soldados supostamente da região russa no Cáucaso em Mariupol.
"Os invasores foram parcialmente bem-sucedidos no distrito operacional de Donetsk, privando temporariamente a Ucrânia do acesso ao Mar de Azov", disse o Ministério da Defesa da Ucrânia em comunicado neste sábado.
A Rússia disse na sexta-feira que suas forças estavam "apertando o laço" em torno de Mariupol. O prefeito Vadym Boychenko afirmou que as forças inimigas são mais numerosas que as locais, e o governo ucraniano disse que as tentativas de fornecer apoio aéreo falharam e que havia “temporariamente” perdido contato com autoridades em Mariupol.
Segundo relatos locais, há combates intensos no centro da cidade, aonde as tropas russas já chegaram, com ataques de tanques e artilharia.
A cidade, que tinha cerca de 450 mil moradores antes da guerra, é uma peça essencial para Moscou ligar a Península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscou em 2014, à zona separatista pró-Rússia do Donbass, no Leste do país.
Na sexta, o prefeito Boychenko disse à BBC que "não sobrou nada no centro da cidade":
— Não há um pequeno pedaço de terra que não tenha sinais da guerra — disse ele, informando que as tropas russas já haviam chegado ao centro da cidade, onde mais de 80% dos edifícios residenciais estão danificados ou destruídos e onde a população está sem água, eletricidade e comida.
Os combates de rua a rua no centro de Mariupol estão impedindo o resgate de centenas de pessoas que as autoridades afirmam estarem presas no abrigo no porão do teatro da cidade, bombardeado pelas tropas russas na quarta-feira passada — Moscou nega a autoria do ataque, culpando o Batalhão Azov, millícia ucraniana de extrema direita.
A Inteligência britânica afirmou em seu boletim neste sábado que o Kremlin "até o momento falou em atingir seus objetivos originais" na guerra e que as tropas russas foram "forçadas a mudar sua abordagem operacional e agora está seguindo uma estratégia de desgaste".
"É provável que isso envolva o uso indiscriminado de poder de fogo, resultando em aumento de vítimas civis, destruição da infraestrutura ucraniana e intensificação da crise humanitária", alertou a Inteligência britânica.
Um vídeo compartilhado pelo líder checheno Ramzan Kadyrov — logo após o início da invasão russa, o ditador anunciou o envio de tropas especiais chechenas à Ucrânia para apoiar a ofensiva de Putin — mostrou soldados supostamente da região russa no Cáucaso em Mariupol.
"As forças de segurança chechenas nos encantam com novos quadros de ucranazis capturados", disse Kadyrov na legenda do vídeo, usando um termo depreciativo para aqueles que apoiam o Exército ucraniano, a quem o presidente Putin tenta retratar como “nazistas”. A reportagem não conseguiu verificar independentemente o conteúdo do vídeo.
"Uma a uma, as áreas são limpas e logo chegarão a vocês", disse Kadyrov, dirigindo suas observações aos ucranianos dentro da cidade. “Ou vocês voluntariamente depõem suas armas e aceitam o castigo que merecem, ou nós as tiraremos de suas mãos e tomaremos medidas punitivas.”
Segundo autoridades locais, o número de mortos chegaria a 2.500, mas é difícil ter uma contagem mais precisa das vítimas por causa dos frequentes bombardeios.
"Uma a uma, as áreas são limpas e logo chegarão a vocês", disse Kadyrov, dirigindo suas observações aos ucranianos dentro da cidade. “Ou vocês voluntariamente depõem suas armas e aceitam o castigo que merecem, ou nós as tiraremos de suas mãos e tomaremos medidas punitivas.”
Segundo autoridades locais, o número de mortos chegaria a 2.500, mas é difícil ter uma contagem mais precisa das vítimas por causa dos frequentes bombardeios.
Fonte: O GLOBO