Contrato da Petrobras prevê quatro reajustes por ano para recompor preço do petróleo e transporte
Mas as altas podem ultrapassar os 100% se a Petrobras conseguir derrubar as liminares obtidas pelos estados de Alagoas, Espírito Santo, Sergipe, Rio de Janeiro e Santa Catarina que proíbem a estatal de aplicar reajustes (de cerca de 50%) na renovação dos contratos de fornecimento de gás para as distribuidoras.
Além dos quatro reajustes anuais em razão do preço do petróleo e dos custos de transporte do gás, há um reajuste anual feito pelas concessionárias para recompor as perdas da inflação.
Porto Velho, RO - Não é só o combustível e energia elétrica que estão mais caros. O preço do gás encanado pode acumular alta de 60% até agosto caso o petróleo se mantenha em US$ 100 por barril. O aumento vai ser em partes, já que os contratos de reajustes são trimestrais.
O próximo ocorre em maio — quando deve aumentar já 20%, acumulando avanço de 35% no ano, de acordo com projeção da consultoria ARM.
Mas as altas podem ultrapassar os 100% se a Petrobras conseguir derrubar as liminares obtidas pelos estados de Alagoas, Espírito Santo, Sergipe, Rio de Janeiro e Santa Catarina que proíbem a estatal de aplicar reajustes (de cerca de 50%) na renovação dos contratos de fornecimento de gás para as distribuidoras.
Além dos quatro reajustes anuais em razão do preço do petróleo e dos custos de transporte do gás, há um reajuste anual feito pelas concessionárias para recompor as perdas da inflação.
O maior preço do gás encanado influencia também o preço do GNV.
Para Bruno Armbrust, da ARM Consultoria, consumidores residenciais, comércio e indústria também estão pagando mais caro.
— E tudo isso vai ser repassado pelas empresas que usam gás em seus processos fabris, o que vai se refletir na inflação — destacou.
Segundo ele, a situação só não é mais crítica porque o volume de chuvas aumentou o nível dos reservatórios, o que tende a reduzir a necessidade de importação de gás em estado líquido (GNL), cujos preços estão em alta no mercado internacional por causa da guerra na Ucrânia.
— O Brasil precisa aumentar os investimentos para ter mais infraestrutura de escoamento de gás.
Alta de 250% desde 2021
A Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) prevê hoje preços elevados para o gás até outubro. A expectativa é que a alta acumulada neste ano chegue a 86%. Desde 2021, o avanço nos preços pode alcançar 250%.
— Os preços elevados do gás vão prejudicar o orçamento de consumidores e da indústria, que vão perder competitividade — afirmou Paulo Pedrosa, presidente da Abrace.
Ele destacou ainda que a Petrobras tende a ter mais participação no setor de gás, com a entrada em operação da Rota 3, em meados deste ano, que vai injetar o gás dos campos do pré-sal à rede brasileira.
Para Bruno Armbrust, da ARM Consultoria, consumidores residenciais, comércio e indústria também estão pagando mais caro.
— E tudo isso vai ser repassado pelas empresas que usam gás em seus processos fabris, o que vai se refletir na inflação — destacou.
Segundo ele, a situação só não é mais crítica porque o volume de chuvas aumentou o nível dos reservatórios, o que tende a reduzir a necessidade de importação de gás em estado líquido (GNL), cujos preços estão em alta no mercado internacional por causa da guerra na Ucrânia.
— O Brasil precisa aumentar os investimentos para ter mais infraestrutura de escoamento de gás.
Alta de 250% desde 2021
A Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) prevê hoje preços elevados para o gás até outubro. A expectativa é que a alta acumulada neste ano chegue a 86%. Desde 2021, o avanço nos preços pode alcançar 250%.
— Os preços elevados do gás vão prejudicar o orçamento de consumidores e da indústria, que vão perder competitividade — afirmou Paulo Pedrosa, presidente da Abrace.
Ele destacou ainda que a Petrobras tende a ter mais participação no setor de gás, com a entrada em operação da Rota 3, em meados deste ano, que vai injetar o gás dos campos do pré-sal à rede brasileira.
Fonte: O GLOBO