Zoraide Annet foi vítima das chuvas de Ouro Preto do Oeste; ela socorreu o menino segundos antes de ser carregada pela água
Porto Velho, RO - O sonho de abrir um restaurante de comida típica ficou no plano das ideias na última segunda-feira, 14, quando Zoraide Annet, de 43 anos, foi vítima da enchente que atingiu cerca de oitenta residências em Ouro Preto do Oeste, no estado de Rondônia. A chef de cozinha cuidava do neto de oito anos enquanto o filho estava fora trabalhando.
Trajetória difícil
Apesar de sempre terem se conhecido, a amizade entre Cristiane e Zoraide se fortaleceu em 2011, quando as duas enfrentaram problemas com drogas e se encontraram em um centro de reabilitação. Cristiane ressalta que sentia muito orgulho da amiga por nunca ter tido recaída e seguido pelo caminho do trabalho.
- A vida dela foi difícil, mas acordava todo dia às 5h da manhã para trabalhar. Ela começou no restaurante como ajudante, virou chef, alugou a casa com dinheiro dali. Era muito guerreira - relembra.
Mãe de um rapaz de 26 anos, Zoraide perdeu uma gravidez de gêmeos aos oito meses, após levar um choque no banho.
- Foram muitas situações difíceis, mas ela tinha leveza. O menino não poderia ter tido avó melhor - finaliza.
Repercussão
A tragédia atraiu os olhares das autoridades. O Sindicato dos Policiais Civis de Rondônia se solidarizou com a família Teixeira e publicou nota dizendo que a 'partida precoce deixará uma imensa lacuna na família, bem como em sua comunidade'.
Já o prefeito da cidade, Alex Testoni (DEM-RO), lamentou as chuvas na cidade.
- Foi a primeira vez na história de Ouro Preto que acontece uma tragédia tão repentina, os moradores não tiveram tempo nem de tirar os móveis de suas casas.
Os dois conseguiram escapar da casa alagada no bairro Alvorada, mas Zoraide voltou para tentar salvar seus cachorros e foi levada pela água no momento em que um bueiro explodiu. Vizinha desde a infância e melhor amiga da chef há mais de dez anos, Cristiane Amorim, de 42, conta que as duas tinham planos de abrir o empreendimento culinário na cidade.
- Somos naturais de Guarajá-Mirim, mas a Zoraide tinha se mudado para Ouro Preto há mais de dez anos e sempre tentava me convencer a vir também. Era para eu estar na cidade do dia do acidente, só Deus explica - disse em entrevista ao GLOBO.
Dias antes de morrer, a chef e revendedora de roupas enviou um áudio para Cristiane. Nele, ela dizia 'Tenho que dar bom exemplo para o meu neto, quero que ele siga o caminho do bem, vou fazer de tudo para isso'. A amiga diz que pensou nessas palavras quando soube da notícia.
- Ela deixou o neto na BR-364 e voltou sozinha para tentar salvar os cachorros. Ela fazia tudo pelo menino - relatou Cristiane, que descreve a amiga como trabalhadora e cheia de vida.
- Somos naturais de Guarajá-Mirim, mas a Zoraide tinha se mudado para Ouro Preto há mais de dez anos e sempre tentava me convencer a vir também. Era para eu estar na cidade do dia do acidente, só Deus explica - disse em entrevista ao GLOBO.
Dias antes de morrer, a chef e revendedora de roupas enviou um áudio para Cristiane. Nele, ela dizia 'Tenho que dar bom exemplo para o meu neto, quero que ele siga o caminho do bem, vou fazer de tudo para isso'. A amiga diz que pensou nessas palavras quando soube da notícia.
- Ela deixou o neto na BR-364 e voltou sozinha para tentar salvar os cachorros. Ela fazia tudo pelo menino - relatou Cristiane, que descreve a amiga como trabalhadora e cheia de vida.
Trajetória difícil
Apesar de sempre terem se conhecido, a amizade entre Cristiane e Zoraide se fortaleceu em 2011, quando as duas enfrentaram problemas com drogas e se encontraram em um centro de reabilitação. Cristiane ressalta que sentia muito orgulho da amiga por nunca ter tido recaída e seguido pelo caminho do trabalho.
- A vida dela foi difícil, mas acordava todo dia às 5h da manhã para trabalhar. Ela começou no restaurante como ajudante, virou chef, alugou a casa com dinheiro dali. Era muito guerreira - relembra.
Mãe de um rapaz de 26 anos, Zoraide perdeu uma gravidez de gêmeos aos oito meses, após levar um choque no banho.
- Foram muitas situações difíceis, mas ela tinha leveza. O menino não poderia ter tido avó melhor - finaliza.
Repercussão
A tragédia atraiu os olhares das autoridades. O Sindicato dos Policiais Civis de Rondônia se solidarizou com a família Teixeira e publicou nota dizendo que a 'partida precoce deixará uma imensa lacuna na família, bem como em sua comunidade'.
Já o prefeito da cidade, Alex Testoni (DEM-RO), lamentou as chuvas na cidade.
- Foi a primeira vez na história de Ouro Preto que acontece uma tragédia tão repentina, os moradores não tiveram tempo nem de tirar os móveis de suas casas.
Fonte: O GLOBO
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