Por forjar cena, induzindo a polícia a pensar que o crime de Feminicídio fosse suicídio, os dois suspeitos tiveram as prisões temporárias deferida. Caso segue com a Delegacia de Homicídios.
Porto Velho, RO - Dois homens, de 33 e 36 anos, foram presos suspeitos de mata Monalisa Gomes da Mata, de 24 anos, na madrugada de segunda-feira (6), no bairro Embratel, em Porto Velho. De acordo com a Polícia Civil, eles tentaram simular o suicídio da vítima.
Ambos chegaram a levá-la à central do Samu, mas, ao chegarem no local, foi constatado o óbito da vítima. Após exames no Instituto Médico Legal (IML), o crime foi registrado como Feminicídio.
Suicídio forjado
De acordo com a Polícia Militar (PM), uma equipe foi acionada pelo Samu para irem até o local e atender uma ocorrência sobre uma morte suspeita. Ao chegarem, os suspeitos disseram que haviam ido para prestar socorro à namorada de um deles.
Caso Monalisa Gomes da Mata: Suspeitos tentaram simular crime de Feminicídio, como suicídio, em Porto Velho, Rondônia — Foto: Divulgação
À polícia, os homens explicaram que eles estavam junto com a Monalisa na noite de domingo (5) e consumiam bebidas alcoólicas e drogas. No entanto, em determinado momento, o casal começou a brigar e incomodado, o amigo decidiu ir embora. Com a ação dele, o namorado disse que também foi embora.
No entanto, cerca de 30 minutos depois, eles retornaram e encontraram a vítima parcialmente pendurada pelo pescoço, com uma corda que estava amarrada na janela.
Eles alegaram que tentaram pedir socorro por telefone, mas ninguém atendeu. Diante da situação, tentaram reanimá-la, mas não conseguiram. Por fim, decidiram levar Monalisa ao hospital, mas não conseguiram sair do apartamento, pois não sabiam onde estava a chave.
Pelos cômodos e moveis do apartamento de Monalisa, a PM encontrou sangue — Foto: Divulgação
Com isso, eles gritaram por socorro. Um vizinho arrombou a porta do apartamento e de imediato, segundo eles, levarem a vítima até o Samu. Onde foi constatado o óbito.
Por se tratar de uma morte suspeita e mediante as informações, os dois homens foram levados à Central de Flagrantes.
Marcas de estrangulamento
Os policiais militares foram ao apartamento de Monalisa e lá, eles encontraram móveis revirados, cacos de vidro no chão, vestígios de sangue e o arame que foi envolvido no pescoço da vítima amarrado na janela. Os policiais fizeram fotos, que foram cruciais para dar início às investigações.
Ao jornalista, o delegado de plantão, Pedro Palharini, que acompanhou o início do caso, disse que as marcas no corpo da vítima, observada pelas fotos enviadas pelos militares, chamou a atenção para que se desconfiasse da versão de suicídio dita pelos suspeitos.
"As marcas deixadas no pescoço dela pela corda, eram incompatíveis com um suposto suicídio por enforcamento. Em um enforcamento, as marcas deixadas pela corda, geralmente, são oblíquas, acima da laringe e com uma interrupção (onde fica o nó que prende a corda à estrutura que oferecerá resistência contra o peso do corpo da vítima - é o peso do corpo da vítima que obstrui o pescoço e acaba levando ao óbito). Já no estrangulamento, as marcas deixadas pela corda, geralmente, são em sentido horizontal, sobre a laringe e sem interrupção", explicou o delegado.
Janela em que corda foi amarrada e corpo de Monalisa esteve, segundo os suspeitos, pendurado — Foto: Divulgação
Além das marcas de estrangulamento, a vítima apresentava uma série de escoriações pelo corpo e um hematoma na região da cabeça, próximo ao olho, todas elas recentes. Diante das suspeitas, o corpo de Monalisa foi lavado ao IML da capital e constatado, sob análise, se tratar de crime de Feminicídio.
"Decidi por lavrar o Auto de Prisão em Flagrante, recolhendo-os à prisão. Foi representado ao Judiciário a conversão deste flagrante em prisão temporária, uma vez que, ante as tentativas deles de induzirem a Polícia Judiciária a erro, é importante, para as investigações, que eles fiquem recolhidos ao cárcere, de modo a impedir eventual obstrução das diligências", ressalta Palharini.
Os suspeitos seguem presos e a investigação do caso seguirá com a Delegacia Especializadas em Crimes Constra a Vida (DECCV).
Fonte: G1
Porto Velho, RO - Dois homens, de 33 e 36 anos, foram presos suspeitos de mata Monalisa Gomes da Mata, de 24 anos, na madrugada de segunda-feira (6), no bairro Embratel, em Porto Velho. De acordo com a Polícia Civil, eles tentaram simular o suicídio da vítima.
Ambos chegaram a levá-la à central do Samu, mas, ao chegarem no local, foi constatado o óbito da vítima. Após exames no Instituto Médico Legal (IML), o crime foi registrado como Feminicídio.
Suicídio forjado
De acordo com a Polícia Militar (PM), uma equipe foi acionada pelo Samu para irem até o local e atender uma ocorrência sobre uma morte suspeita. Ao chegarem, os suspeitos disseram que haviam ido para prestar socorro à namorada de um deles.
Caso Monalisa Gomes da Mata: Suspeitos tentaram simular crime de Feminicídio, como suicídio, em Porto Velho, Rondônia — Foto: Divulgação
À polícia, os homens explicaram que eles estavam junto com a Monalisa na noite de domingo (5) e consumiam bebidas alcoólicas e drogas. No entanto, em determinado momento, o casal começou a brigar e incomodado, o amigo decidiu ir embora. Com a ação dele, o namorado disse que também foi embora.
No entanto, cerca de 30 minutos depois, eles retornaram e encontraram a vítima parcialmente pendurada pelo pescoço, com uma corda que estava amarrada na janela.
Eles alegaram que tentaram pedir socorro por telefone, mas ninguém atendeu. Diante da situação, tentaram reanimá-la, mas não conseguiram. Por fim, decidiram levar Monalisa ao hospital, mas não conseguiram sair do apartamento, pois não sabiam onde estava a chave.
Pelos cômodos e moveis do apartamento de Monalisa, a PM encontrou sangue — Foto: Divulgação
Com isso, eles gritaram por socorro. Um vizinho arrombou a porta do apartamento e de imediato, segundo eles, levarem a vítima até o Samu. Onde foi constatado o óbito.
Por se tratar de uma morte suspeita e mediante as informações, os dois homens foram levados à Central de Flagrantes.
Marcas de estrangulamento
Os policiais militares foram ao apartamento de Monalisa e lá, eles encontraram móveis revirados, cacos de vidro no chão, vestígios de sangue e o arame que foi envolvido no pescoço da vítima amarrado na janela. Os policiais fizeram fotos, que foram cruciais para dar início às investigações.
Ao jornalista, o delegado de plantão, Pedro Palharini, que acompanhou o início do caso, disse que as marcas no corpo da vítima, observada pelas fotos enviadas pelos militares, chamou a atenção para que se desconfiasse da versão de suicídio dita pelos suspeitos.
"As marcas deixadas no pescoço dela pela corda, eram incompatíveis com um suposto suicídio por enforcamento. Em um enforcamento, as marcas deixadas pela corda, geralmente, são oblíquas, acima da laringe e com uma interrupção (onde fica o nó que prende a corda à estrutura que oferecerá resistência contra o peso do corpo da vítima - é o peso do corpo da vítima que obstrui o pescoço e acaba levando ao óbito). Já no estrangulamento, as marcas deixadas pela corda, geralmente, são em sentido horizontal, sobre a laringe e sem interrupção", explicou o delegado.
Janela em que corda foi amarrada e corpo de Monalisa esteve, segundo os suspeitos, pendurado — Foto: Divulgação
Além das marcas de estrangulamento, a vítima apresentava uma série de escoriações pelo corpo e um hematoma na região da cabeça, próximo ao olho, todas elas recentes. Diante das suspeitas, o corpo de Monalisa foi lavado ao IML da capital e constatado, sob análise, se tratar de crime de Feminicídio.
"Decidi por lavrar o Auto de Prisão em Flagrante, recolhendo-os à prisão. Foi representado ao Judiciário a conversão deste flagrante em prisão temporária, uma vez que, ante as tentativas deles de induzirem a Polícia Judiciária a erro, é importante, para as investigações, que eles fiquem recolhidos ao cárcere, de modo a impedir eventual obstrução das diligências", ressalta Palharini.
Os suspeitos seguem presos e a investigação do caso seguirá com a Delegacia Especializadas em Crimes Constra a Vida (DECCV).
Fonte: G1